“Mas virá alguém mais poderoso do que eu, cujas correias das sandálias não sou digno de desamarrar” (Lucas 3.16b- NVI)
João Batista me impressiona pela sua capacidade de submissão à liderança de Jesus. Ele reconhecia em Jesus o seu líder por excelência. Nunca quis ser Jesus, nunca quis tomar o lugar dele, mas a sua vida foi um exemplo de obediência. Era um servo menor que estava debaixo da autoridade do Servo Maior. Tinha convicção de que Jesus era o Deus encarnado e manifestava a Sua glória. “A Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a Sua glória, a glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14 – NVI). João Batista era um líder que sabia ser liderado. Aliás, o verdadeiro líder tem esta postura. É na condição de servo que ele revela a sua autoridade espiritual.
A relação João Batista-Jesus é um modelo de relação entre o co-pastor e o pastor. Então João Batista é um modelo de pastor-auxiliar, que sabe muito bem a sua posição, o seu compromisso ético em relação ao Senhor, à Igreja e ao pastor-titular . Os insatisfeitos com o pastor titular, muitas vezes, procuram o pastor auxiliar para comentários que não edificam, para se queixarem do trabalho dele e para buscar mais atenção. Cabe ao pastor auxiliar não dar ouvidos àqueles que têm a intenção de criarem um clima de desrespeito, de desconfiança e de esvaziamento da liderança do pastor titular. Este tipo de atitude prejudica a vida da Igreja e tem implicações muito sérias.
O que se requer do pastor auxiliar é uma atitude de profundo respeito e consideração pelo seu líder e pela sua igreja. Procurar sempre ser leal. Ser autêntico. Sincero. Não aceitar comentários sobre o pastor titular. Deve haver uma unidade relacional e, conseqüentemente, funcional entre os dois ou mais obreiros. A relação de amor fraterno entre os ministros trará alegria para a Igreja. Contribuirá para a unidade da Igreja, para a sua qualidade e para o seu crescimento. João Batista sempre valorizou Jesus. Ele sabia que o Reino não pode ser dividido. Sintonia deve ser a tônica dos ministros que servem ao Senhor, servindo à Sua Igreja.
Jesus e João Batista sabiam que eram servos. Mas João Batista sempre reconheceu o seu lugar de servo de Jesus dentro do Reino de Deus. “Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. Ele confessou e não negou; declarou abertamente: ‘Não sou o Cristo…Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: ‘Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim” (João 1.19,20; 30- NVI). O seu lugar era o segundo. Lugar de obediência. Lugar de honra a Jesus. Jesus era o primeiro para ele. Jesus ocupava um altíssimo lugar na sua vida, quando declarou: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (João 3.30 – NVI). Ele tinha consciência de que seu ministério era ser o auxiliar de Jesus. Que privilégio! Que honra! Ele veio preparar o caminho para Jesus. Que ministério maravilhoso, sublime e grandioso servir ao Senhor servindo à Igreja e auxiliando o seu líder!
Que Deus seja louvado pela vida dos pastores titulares e pastores auxiliares! Que sejam eles encontrados servindo ao Senhor e um ao outro. Que sejam achados vivendo a harmonia do Espírito Santo. Sejam achados trabalhando para que o nome de Jesus seja conhecido de todas as nações. Que a sua relação seja um referencial de amor fraterno, sintonia, ética e submissão ao Senhor objetivando a salvação de vidas, a edificação da Igreja e a Glória do nosso Grande Deus.
Muito boa a mensagem..
Ótimo texto!
Muito bom.
É ótimo ter acesso aos escrito do meu amigo Pr.Jacó, que com sua mente brilhante e excelente coração irá com certeza enriquecer a todos quantos acessarem este seu bloc.
Parabéns.
João batista, o nazireu sempre cativou a minha atenção tanto pela sua postura quanto pelo seu protesto visual contra a ostentação.
Gostaria que soubesse que esta perspectiva desenvolvida neste artigo – a figura do auxiliar que sabe o seu lugar, edificou em extremo a minha vida.
Ir. André Antonio dos Santos.
Tenho um profundo apreço por João Batista, ainda não tinha observado sua vocação como Pr Auxiliar, muito bem colocado. João foi o típico ator quadjuvante que brilha no começo do filme e sabe muito bem a hora de sair de cena e dar lugar ao ator principal. Não era de se esperar que Jesus declarasse de público que dos nascidos de mulher ninguém nessa terra seria maior que João Batista.